sábado, 4 de dezembro de 2010

A VERDADE SOBRE A OPERAÇÃO PODIUM

Recebi um e-mail, que aqui reproduzo em sua íntegra, Refere-se à "operação pódium" envolvendo várias empresas do Ceará, São Paulo, Rio de Jneiro e Paraná no anos de 2005 a 2008 envolvendo saques e movimentação de valores muito elevados nestes anos, o famos caixa dois, em espécie envolvendo 32 mandados de busca e apreenção, (Contra quem?)em Fortaleza 20 empresas foram vistoriadas e tiveram seus materiais apreendidos(Que empresas?), & pessoas foram presas no Ceará(Quem?), Só aparece o nome da Federação Cearense de Automobilismo que movimentou cerca de R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 teriam sido enviados ilegalmente para o exterior. Onde estão os demais? Quem são?

Ao mesmo tempo que socializo esta notícia peço que quem possuir mais informações nos repasse para que possamos esclarecer a comunidade sobre este evento tão nojento.
Segundo o sítio da Veja foi preso, na operação, pela Polícia Federal Armando Campos, cunhado de Cesar Asfor Rocha, ex-presidente do STJ e um dos candidatos mais fortes a ministro do Supremo. Armando é casado com Silvia, irmã de Asfor Rocha.
Veja também comentário em outros blogs.
Na última quinta-feira, dia 25/11/10, a Polícia Federal desencadeou a “Operação Podium”, onde cumpriu mandados de busca e apreensão, além de prisão no Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro. A ação se deu em virtude de investigações realizadas entre 2005 e 2008 sobre lavagem de dinheiro, fraude, evasão de divisas, crime contra o sistema financeiro, corrupção ativa, passiva e sonegação fiscal. Segundo as investigações da PF o esquema funcionava na Federação Cearense de Automobilismo e movimentou cerca de R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 teriam sido enviados ilegalmente para o exterior. Nove pessoas foram presas, diversos computadores apreendidos.

A notícia foi destaque, claro, na imprensa cearense nas edições do dia 26/11/10. Nos dias seguintes nenhuma linha mais sobre o caso, em todos os jornais.

As matérias veiculadas pelos telejornais locais também traziam as mesmas, digamos, informações: a prisão de envolvidos, apreensão de computadores, como o esquema agia, etc. mas em nenhum dos casos – Imprensa escrita e imprensa televisiva - nada foi dito sobre os presos, empresas envolvidas, etc. Mais um triste episódio da maneira omissa, hipócrita, covarde, desidiosa, irresponsável, descompromissada e não profissional como a imprensa cearense se porta. Na coletiva convocada pela PF não foi citado pela Instituição nenhum nome de preso ou de empresa, mas a mídia, convenientemente, resolveu apegar-se apenas às informações oficiais para pautar seu trabalho. Não é a mesma forma, entretanto, que agem quando envolvem bandidos “pés de chinelo”, sendo amplamente divulgados nomes e imagens.

Foi necessário que a imprensa de fora do Estado fizesse o trabalho que deveria ser feito, primordialmente ou também, pela imprensa cearense. E ficaram evidentes os motivos pelos quais ocorreu essa “omissão”. Entre as empresas envolvidas estão a Newland e a Marquise. A Newland, cujo proprietário é Luiz Teixeira de Carvalho, é uma concessionária Toyota, sediada em Fortaleza com duas lojas, com filiais em Juazeiro do Norte, Teresina e Brasília. A empresa é a mesma que foi, digamos, “aquinhoada” com o fornecimento das Hilux para as patamos do Ronda do Quarteirão, sem licitação, pelo Governo do Estado. Foi agraciada com isso com mais de R$ 170 milhões do contribuinte, sem fazer esforço.

Outra das empresas envolvidas é o Grupo Marquise, conglomerado cearense presente em dezessete estados, que atua no ramo da construção civil – construtora Marquise –, hotelaria – Gran Marquise Hotel –, recolhimento de lixo – Fortaleza (Ecofor), Aquiraz, Caucaia, São Paulo e Porto Velho/RO –, financeira – Múltipla Financeira no Ceará e em São Paulo – e comunicação – TV Tambaú, retransmissora do SBT na Paraíba e Rádio Tambaú FM, naquele Estado –. O conglomerado é controlado por José Carlos Ponte (presidente, à esquerda) e Erivaldo Arrais (presidente de operações, à direita). Ambos são habitués de colunas sociais, também são grandes anunciantes da mídia local e doadores de recursos para campanhas políticas.

Não é difícil imaginar o motivo pelo qual o nome das duas empresas foi omitido das matérias jornalísticas veiculadas. O interesse corporativo se sobrepôs ao mister jornalístico. Mais fácil e cômodo dizer que por “segredo de Justiça” os nomes de pessoas e empresas envolvidas não foram divulgados. Dentre os presos estão o presidente da Federação Cearense de Automobilismo, Haroldo Scipião Borges; o piloto Hybernon Cysne e Armando Campos, cunhado do ministro do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha, que está em campanha por uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Asfor, que presidiu o STJ até setembro do corrente ano, é figurinha também carimbada nas colunas – sociais ou não –, onde puxadores de saco o incensam. Foi o primeiro cearense a presidir o STJ. Também não é difícil entender o motivo pelo qual a mídia omitiu o nome do cunhado do ministro.

Foi necessário que a imprensa de outros estados divulgasse nome de empresas e presos, porque a cearense preferiu omitir-se, calar-se covardemente. A valentia da imprensa cearense vai somente até a posição social de envolvidos em ilícitos. Quando o caso envolve gente simples, sem instrução ou com condição social baixa logo há a divulgação do nome, imagem, escárnio. Entretanto, quando se trata de gente bem posicionada e que possui dinheiro para influir – a ponto de ser incluído em relação de cearenses mais influentes – fica todo mundo pianinho, mudo, surdo e cego. O processo está correndo na 11ª Vara Federal. Evidentemente com o batalhão de advogados que possuem – dentre eles ex-presidentes da OAB – os acusados logo estarão em liberdade. Receberão solidariedade dos habitués borra-botas, posarão de vítimas e continuarão figurinhas fáceis nas colunas e eventos sociais. Hipócrita, como hipócrita, omissa e provinciana é o high society e a imprensa cearense.

Existe um axioma segundo o qual “por trás de uma grande fortuna há sempre um grande crime”. Infelizmente no Brasil as grandes fortunas, os grandes negócios encobrem ações ilícitas que desaguaram na acumulação do dinheiro. Tudo com uma fonte em comum: a corrupção de agentes públicos. Afinal, nosso País é capitalista quanto à acumulação de dinheiro, mas socialista na divisão dos prejuízos.
A relação permissiva e omissa do aparelho policial com a mídia também é contribuinte para esse ciclo vicioso. Apresentadores, repórteres e policiais fazem um escambo: trocam a promoção pessoal, de um lado para galgar patentes e postos melhores, do outro trampolim para obtenção de vantagens pessoais, como mandatos eletivos e outros “privilégios” menores. São abutres que militam nos programas policiais de TV, rádio, jornais que não estão preocupados em cumprir o mister jornalístico ou na discussão dos problemas e das soluções dos problemas de segurança, mas na manutenção do caos. Afinal, se a Polícia fosse eficiente e a criminalidade diminuída a níveis mínimos, o que esse bando iria fazer?

A imprensa também se omite no questionamento dos que defendem a descriminalização da maconha e a defesa dos direitos humanos.
(Veja o que se tem no Joranl O POVO_01 e
O POVO_02 Detalhe meu)
A forma como o crime não se sustenta sem a omissão da imprensa e dos agentes públicos foi bem descrita pelo relator da CPI dos grupos de extermínio, ex-deputado Paulo Duarte, quando afirmou não saber se containeres discriminados como contendo camarão e/ou lagosta foram exportados sem que fossem fiscalizados pela Cia. Docas por força de liminar. A imprensa em geral nada disse a respeito da liminar. Um pequeno micro do macro cosmo que dá sustentação ao crime: bandidagem, advogados que servem ao crime, magistrados que prestam igual serviço, Estado que não recorre das decisões, tudo regado à corrupção. E uma imprensa que não investiga, não denuncia, não é isenta. Os containeres tanto podiam conter mariscos quanto drogas e armas.

Em Off IMPRENSA CEARENSE

Segundo a JusClip já estão em liberdade duas das sete pessoas presas, na semana passada, pela Polícia Federal durante a ´Operação Podium´, que investiga um esquema criminoso de pagamento de propinas, ´lavagem´ de dinheiro e remessa ilegal de divisas para o Exterior através de falsos patrocínios à Federação Cearense de Automobilismo (FCA).
Veja sobre o assunto, a notícia:
- No sitio da Receita Federal.
- No sitio da Veja.
- No sitio do Clipping de Notícias Jurídicas.
- No sitio do formadores de opinião. Aqui encontrei toda a narrativa que havia recebido por e-mailnum texto de Helio P. Leite num acesso que fiz em 04/12/2010
- PF prende executivo da Vila Harmonia por sonegação .Esta Vila fica em Araraquara - São Paulo e o homem preso teria 45 anos e eria empresário, e teria sido levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP).segundo o jornal o imparcial.
- No sítio do jornal o imparcial.
- No sítio do Estadão-esportes Aqui relata que nentre os envolvidos estâo um piloto eum cartola do automobilismo. Relata também que um dos advogados dos suspeitos presos, o Dr. Hélio Leitão, Teria dito que já havia pedido a soltura de seu cliente, o atual presidente da FCA, Haroldo Scipião Borges. "Ele não tem culpa de nada. É tudo legal e é uma prática comum entre as federações, até na Confederação Brasileira de Automobilismo, afirmou. Segundo o que aqui está publicado o piloto preso seria Hibernon Cisne. Nesta publicação relata ainda que dos R$ 50 milhões movimentados apenas de 1% a 3% ficava na federação cearense de automobilismo, e que cinco pessoas implicadas são cearenses, sendo uma do ramo da construção civil e outra de revenda de carros importados; uma paulista do ramo industrial e uma carioca da construção civil.
- No blog do donny silva Está postado o comentário Uma das empresas envolvidas nessa fraude chama-se Marquise, localizada em Fortaleza. O domo da marquise é uma amigão do ministro Asfor Rocha. visita feita em 04/12/2010

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