terça-feira, 20 de setembro de 2011

Repressão e ameaças é o mote do Cid Gomes


O jornal Diário do Nordeste publicou hoje, 20 de setembro de 2011 uma matéria referente à decisão judicial da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) a qual manteve a liminar que havia determinado a suspensão da greve dos professores da rede estadual, que estão com as atividades paralisadas desde o dia 5 de agosto do corrente ano. A matéria encontra-se publicada no site do DN.

A matéria detalha também a visita feita pelo sindicato APEOC à sede da OAB-CE bem como o nível de receptividade desta entidade ao nosso sindicato.

O grande foco do artigo do DN, que inclusive serve de título, é a insinuação de que "professores podem ter salários descontados".

A matéria detalha também a visita feita pelo sindicato APEOC à sede da OAB-CE bem como o nível de receptividade desta entidade ao nosso sindicato.

É fato de que a lei faculta ao "patrão" este direito, que tem sido armas já usadas contra a greve dos policiais, pelo Estado, contra os professores da prefeitura, pela Luiziane, e que historicamente tem sido usado pelos governos tiranos, direitista, tais co mo o de Antonio Carlos Magalhães, na Bahia, Paulo Maluf, em São Paulo, etc Como Cid e Luiziane pertencem a esta mesma escola de gestão pública, governar sem oposição, é de se esperar os mesmos procedimentos, aliás, já revelados.

O existencialismo de Sartre(JEAN PAUL SARTRE (1905-1980)) nos remete a duas frases: “Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”, de outra maneira; "O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós." A outra frase que reporto é “Ao tomar uma decisão, percebo com angústia que nada me impede de voltar atrás. Minha liberdade é o único fundamento dos valores.” 

Diante da situação a que fomos colocados nós professores, antevejo a possibilidade do pensamento na direção de se por fim a "este" movimento paredista, atendendo ao que foi decidido pela "justiça", voltar para a escola onde está nosso público, esclarecer à comunidade escolar os acontecidos durante este tempo em que ficamos parados, e quais as consequências para nossa profissão, para os alunos que desejavam um dia se tornar professores e, para a sociedade como um todo que já tanto sofre por falta de zelo deste direito e fundamento tão crucial à sociedade.

Isto sendo feito com atividades interdisciplinares concomitantes em todas as escolas articuladas via redes sociais com culminâncias em praça pública, nas ruas tal como fazemos com as campanhas de combate à dengue e à violência. Desta feita, de combate à violência ideológica e aos descasos dos governos para com a educação contínuo e progressivamente. Paralelamente à esta atividades, faríamos nossos zonais presenciais com intuito de se articular atividades mais abrangentes bem como avaliar o movimento como um todo: base e sindicatos. Enquanto isto, os sindicatos se mobilizaria junto às entidades da justiça, e da política no sentido da viabilização da implantação do piso na íntegra e sem subterfúgio do tipo incorporação de direitos adquiridos ao salário base.

No momento em que se perceber infrutíferas estas novas articulações constrói-se outra greve.

Uma outra possibilidade seria a viagem da radicalização . Parar e não deixar que ninguém trabalhe nas escolas. O governo, provavelmente, não nos pagaria e nós não pagaríamos nossas contas. Eu particularmente, não possuo nada de valor que possa ser tomado por meus credores e nunca vi ninguém ser preso por dever. Uma fatia razoável de dinheiro deixaria de circular e sem falar que o caos seria a tal monta que duvido que alguém que chegasse aos cem anos de idade conseguisse esquecer tal como não conseguimos esquecer as famigeradas gonzaguetas. Só que agora seria bem pior e requereria bem mais união, coragem e determinação do que a que tem sido demonstrado até aqui, sem querer desmerecer a valorosa luta da categoria. A grande questão é, até quando teríamos fôlego? Certamente que os governos apostam na desorganização e desmobilização.

A minha proposta de fato diante disto tudo é que se marque uma assembléia geral para o dia do pagamento e se espere se o bloqueio do nosso pagamento acontece ou não. Se o pagamento for bloqueado acaba-se a greve e usa-se a primeira estratégia aqui descrita e se não bloquear continua-se o movimento até se ter uma solução.

Por que esperar o bloqueio do pagamento ou os descontos? Porque se pararmos antes os articuladores governista iriam dizer que Cid não faria isto com os professores que a fala seria só para por fim ao movimento. Por outro lado este bloqueio significa um desgaste político muito grande do governo e seus aliados. A educação é a secretaria que engloba diuturnamente o maior contigente que, sem salário usaria este universo para desgastar o Cid e cia.,

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